quinta-feira, 10 de maio de 2007

Crise!

Crise de pensamentos construtivos e criativos. Eu me enfiei em um sentimentalismo que não é meu. Há momentos em que eu sinto pena sentindo pena, entende? É de mim, dos outros. É complexo demais, não sei se a gramática me permite escrever do jeito que deve ser.

Andei pensando, pensando e apagando bastante! Eu tentei aceitar certas coisas que eu não tenho como aceitáveis e também tentei não ser livre, mas acabei não conseguindo. Eu sou o ser mais livre que existe, dentro de mim.

Eu posso gostar de quem eu quiser, usar a roupa que quiser, o cabelo da forma que quiser e o espelho me vê como eu quiser. Eu aceito a visita e as ligações de quem eu quiser, escuto e seleciono quem eu quiser. Sou livre? Não.

Queria que fosse mais fácil. Que gostasse de quem gosta de mim, não importando quem fosse ou como fosse. Sem nem saber como abraça, beija ou enrola. Mas não é. Nada é completo, tudo é em partes. Eu não preciso de outro que o faça, queria me completar sozinha. Eu ando perdida, as vezes.

É engraçado a forma como conhecemos e esquecemos pessoas. Algumas meninas do pré-escolar eu não lembro como eram. Na verdade eu não lembro nem das do ano passado. Eu poderia pensar que minha falta de memória é causada por remédios, drogas, bebidas, falta de exercícios ou de sexo. Acho que não.

Eu gosto quando me elogiam. O melhor de todos é quando chamam de inteligente. Depois eu paro, penso e começo a ter a pena que citei no começo. Não é de mim, mas também é. Tenho pena das pessoas que acham que ser bonita vale mais que ser inteligente. Eu não estou falando de ser esperto, existe diferença.

Algumas meninas são muito espertas! Recebem um elogio de um milionário, claro que ele usa o da beleza. Em seguida os dois vão para um motel cheio de luxos, rola uma bela foda e ela engravida. Pronto, ai está a esperteza, uma grande e gorda pensão.

Continuo preferindo minha inteligencia. Saio e passo despercebida quando estou de boca fechada. Paro em algum grupo conhecido e "tcharam"!, ali está a fulana mais notável do momento. Depois de um pouco de divertimento volto para casa, com elogios ganhos, sem estar grávida nem rica e passo mais nove meses da minha vida sem me preocupar com outra vida. Além do que, apesar de não ser uma das mais bonitas, sempre soube unir o útil ao agradável.

Enfim, as pessoas deveriam parar para rever seus conceitos. Existe muita gente por ai "mente aberta", mas devemos ver os limites dessa "abertura" toda.

3 comentários:

Babi disse...

sabe que eu concordo com você? essa gravidez de idéias espertas e idiotas me deixa tão boquiaberta! muitas vezes olho pra mim também e penso que gostaria de ser como qualquer outra, como uma destas que apenas vive sem fazer sentido de nada... estar livre das minhas amarras que começaram a tornar-se intelectuais, inteligentes ou chatas, como muitas pessoas devem achar.
mas ai páro e penso... ando um pouco por dentro de mim e agradeço por poder e saber pensar diferente das pessoas e das coisas desse mundo todo. há exceções... raras... e você é uma delas.

saudades.

Silly disse...

Perfeito ...
XD...
Bjim linda

Anderson disse...

...e continue preferindo a tua inteligência, meu bem.
Eu também prefiro! E prefiro mais e mais textos teus. Sempre assim: um tsunami de idéias e palavras , que dá tesão de ler.

beijosss...linda provocadora.