quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Sonhos.

Porque eu tenho a certeza que soluças como poucos, e ter certeza é raro.
Eu sei que teu riso é diferente, que teu carinho é de repente, que teu ciúme não é doente e que me tens como inerente.
Sei que me tomas todinha em letras de músicas e que lembras de mim como poucas outras.
Que de longe comentas e confudes meu nome e me chama de Amanda, Joana e Gertrude.
Me acolhes de manso com sorriso quieto, que me pegas entre os braços e me mimas, é certo.
Que me queres ao teu lado, dependente de mim. E que tua fala forte me deixa sem rir.

Me tens tanto que eu caio em prantos. E que vez ou outra desistes de ser um encanto.
Que de longe não és perfeita e mesmo assim, teimando, eu te faço vir.
Mas ter-te só minha não ei de conseguir. Vou vencendo o cansaço volto a te seguir.

Vais sempre na frente mandando-me fugir. Desvio o olhar, serpentes que enfeitiçam.
Há um medo, uma troca, um suborno. Coração comprado, errado, medonho.
Não entendes nem metade do que falo, tento te explicar, vai tudo pelo ralo.
Sou tão repelente, tão profunda, tão tua.
És são indiferente, nojenta, impura.

Então num escape, uma briga, que seja. Depois de um dia abro os botões da camiseta.
Deito ao teu lado, dou-te um beijo e um suspiro. Rezo pra que ainda queiras amar comigo.
N'outro dia desculpas, abraços sem fim. Tenho-te de volta toda pra mim.




Se sonhas e no sonho estás caindo, se chegares ao chão, morrerás.