sábado, 19 de maio de 2007

Arrep... de repente.

Vou ser direta no primeiro parágrafo. Venho aqui hoje lhe fazer uma declaração. Eu admito: me arrependi. Sim, por quê não? Fiz isso e não foi uma vez, nem duas. Não se engane pensando que foram três ou quatro. Na verdade, eu perdi as contas de quantas vezes o fiz.

Já tive do tipo leve, médio ou tristemente forte. Leve, como o de ir a uma festa ou de dar algo a alguém que não mereceu (algo material). Ou forte como de não dar valor. Não à cousas, mas à gente. Pessoas, amigos ou amores. Partes de mim por quem eu sofro, baixinho, até hoje.

Não tenho um pingo de orgulho em dizer isso. Falo sério quando digo que deixei-o todo no freezer quando resolvi vir aqui escrever sobre arrependimentos.

Tenho que dizer também que as pessoas que deveriam ler isso, não lerão. São poucos os que eu indico a vir me ler e não sou um pingo conhecida para que as causas dos meus arrependimentos venham a saber da existencia deste texto ridículo que eu estou escrevendo.

Bem, está frio e eu não achei minhas luvas, portanto meus dedos continuam congelando e eu estou tremendo e escrevendo metade das coisas erradas. Uma noção do frio que eu sinto é que minhas unhas, de tão geladas, estão roxas!

Outra cousa é que eu estou especialmente confusa, tão confusa que chega a doer. Acho que gosto do mundo e vou casar com qualquer um. O primeiro a bater na porta. Mas no fundo eu queria viajar pra longe e resgatar rolinhos que valeram. Valeram muito.

Eu estou tão doentemente embaraçada que chega a ser doce. Qualquer pessoa que olhe pra mim enxerga a confusão. É exatamente a expressão de uma criança, assustada e desiludida, sem saber no que pensar quando o primo mais velho lhe conta que Papai Noel não existe. Tenho andado até meio vesga pelas ruas sem saber pra que lado ou pra quem olhar. Eu estou misturada em mim mesma, não encontro mais óleo e água.

Enfim, eu realmente queria que voltasse a ser como em setembro. Queria poder voltar no tempo e resolver os arrependimentos fazendo deles acertos. Talvez se ela lesse saberia que é pra ela.

11 comentários:

Anônimo disse...

Você é doce em qualquer circunstância.
Tenho evitado declarações melosas e sinceras demais. Medo.

Um Beijo!

Ariel disse...

As vezes, ela podia ler sim. As vezes ela leu, sorriu, sentiu um alivio tão grande, mas não comentou contigo, pois ela pode estar esperando a hora certa.
A hora certa pra quê, ninguém sabe, mas ela sempre trás coisas grandes demais, sejam elas ruins ou ótimas.
Beijos querida, e obrigada pelo elogio no meu blog! =]

Anônimo disse...

nossa, q lindo...

já é o segundo post q leio sobre arrependimentos, perdões...

tão suave e verdadeiro!
adorei!!!

marco disse...

eu te amo tanto bia :/

Marcelo Mesquita disse...

Bem, as vezes não vale a pena voltar, procure ler "em algum lugar do passado" de richard Matheson

cra disse...

bonito de água

Anderson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anderson disse...

Arrepender-se não é pecado, não é defeito, não é errado.

Só não permita, em tempo algum , que isso se torne uma cruz, ou uma dor crônica da qual fica quase impossível livrar-se.

Adoro respirar este lugar.

...beijosss, de um ser que tbm se arrepende, volta e meia...rs!

Silly disse...

pow se arrependimentos matassem... acho que a humanidade não existiria ... mais sei lá vai saber .. bom dorei o post ... sumida... Bjim pra ti ...

Anônimo disse...

é, Setembro foi legal. [ok, nem tanto +_+ ]

Carla olavio disse...

posso te abraçar?