segunda-feira, 16 de abril de 2007

Oi, tudo bem?

Vou fazer como alguém e, em linhas mal traçadas, escrever qualquer coisa sobre qualquer sentimento que vem de qualquer lugar e acaba no dedão do pé.

Minha avó dizia que dores mudam de lugar procurando espaço para sair. Os sentimentos têm pensado sériamente em fazer o mesmo. As vezes some, desaparece e uma semana depois que nota-se e "cadê?". Existe quem goste de usar tanto aspas como eu? É essa falta de palavras que me cabe tão bem. Essa falta de tudo e de pouco. Porque tudo em mim tem sido pouco. Passa a ser muito quando algo cessar. Algo, não sei o que.

"Oi, tudo bem? Algo sobre mim?
Sabe, eu gosto de letras e sons e de cores e tons. Na verdade eu prefiro o preto e as vezes o branco. Sério? Você também? Mas olha, eu não deixo de gostar de cores.
Eu gosto de criança. Mas como o branco, só as vezes. E ler. Você gosta de ler? Eu adoro! Gasto mais com livros do que com maquiagem.
Ah!, eu sou pequena mas insisto em não usar salto, só quando sinto muita vontade. Bem, loiras não são minhas preferidas e eu não ligo muito para as esqueléticas.
Ah, os cantores? Isso, estes mesmos, temos algo em comum!
Adoro café e gosto de chá. Receber flores e cartas e cartões. E dar beijos e abraços, firmes, fortes, gratos. Eu não beijo todo mundo e não saio sempre. Eu realmente sou uma pessoa bem "as vezes".
Gosto de consolar choros e de concordar quando vejo que quem gosto está na TPM. E eu nem me importo com isso, eu dou carinho.
Quase esqueci que odeio sapato que aperta e cabelo quando arma.
Na cama? Comigo não existe essa coisa, sou metade de tudo. Fico por cima e por baixo, isso não é problema.
Gosto de balas mastigáveis e gemidos.
Não sofro mais, já sofri por ex durante meses, mas passou. Sou livre. Já não espero, a cada vez que saio, encontrar ela."


Seria perfeito alguém assim. Tão perfeito que eu não sei que reação. Talvez eu saisse correndo, fugiria dando qualquer desculpa. Ou talvez eu me odiaria tanto por ter encontrado alguém perfeito. Eu teria vontade de esmagar, tanto que depois eu não sei. Eu não sei nem agora. Não sei se teria vontade.

2 comentários:

Marília Alves disse...

Aceito o café, mas prefiro falar de ti. Quase peço um chá, sorte que lembrei a tempo. Chá, para nós, só daqui há muitos anos. Por enquanto dividimos café e palavras. Mais que isso...
Eu te amo. Já disse?

Uma espécie de auto-retrado. Adorei. Você me surpreende sempre e mais, todos os dias.

Escaminha disse...

Adorei a sua descrição de você mesma.
simples e objetiva!
Vou te linkar nomeu blog.

bjs