quarta-feira, 24 de outubro de 2007

22/10/2007

Toma, aqui está a vida sem cor. Tudo de volta. O vazio, os tons e a inexistência. Inexistência de sentimentos que por ser tão sólida, me deixa sentimental.

Nos últimos dias tenho sentido uma vontade infinita de derramar rios de lágrimas. É um aperto, vácuo concreto dentro de mim. Eu não entendo. Pensei que, talvez, dessa vez eu conseguiria, porém continuo vazia.

Tenho tentado gostar, juro que me esforço. Quase que me bato para que essa indiferença saia de alguma forma, por algum poro, como uma impureza qualquer. Mas é em vão, eu sou vã.

Sinto-me feia e a TPM está longe de me servir como consolo. Estou do tamanho do mundo, um planeta sem magma, sem um pingo de calda ou recheio.

Por estar vazia, por não gostar de alguém, não deveria doer, mas dói. Tanto e ao mesmo tempo tão camuflado, escondido que eu não consigo sentir, ou chorar por isso.

Perdão complicar tanto. Não que eu não goste, eu gosto, porém me acostumei a ser eu, eu minha, sozinha. Sou auto-suficiente embora minha carência me consuma. Mas eu não a sinto também.

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